terça-feira, 20 de maio de 2008

Jornal da Madeira 06-05-08

Tema de exposição e conferências no Teatro Municipal do Funchal
Bilhardice invade passeios do Funchal



Os “postos de bilhardice” que Ricardo Barbeito espalhou ontem pelas placas centrais da Avenida Arriaga suscitaram, desde logo, a curiosidade e divertimento dos que passavam pelo local. O objectivo é mesmo esse, conforme diz o artista, que espera que o público participe neste evento dedicado a formas de comunicação. Uma exposição e um ciclo de conferências no Teatro completam o projecto sobre “A Bilhardice”.

Alguns «postos de bilhardice» estão espalhados pelas placas centrais da Avenida Arriaga. O objectivo deste projecto de Ricardo Barbeito é o de promover uma intervenção estético-artística irónica e cheia de humor que, simultaneamente, convide as pessoas à comunicação.
O projecto está inserido nas comemorações dos 500 anos da cidade do Funchal e inclui uma exposição e um ciclo de três conferências sobre o tema da bilhardice, que estão a decorrer no Salão Nobre do Teatro Municipal Baltazar Dias.
A exposição no Teatro é constituída por uma instalação de som e luz, naquilo que o artista considera ser uma expressão de arte contemporânea.
Referindo-se aos “postos de bilhardice” que se encontram nas placas centrais entre a Sé e o Teatro, Ricardo Barbeito explicou que estes eram os locais onde mais se propiciava o velho hábito da “bilhardice” no Funchal. O vermelho escolhido para a pintura desses elementos reporta para a cor dos postos de Correio e das cabines telefónicas londrinas, sítios que representam áreas da comunicação humana.
Conforme disse o artista plástico madeirense, este projecto «pretende chamar a atenção para as especificidades do quotidiano regional, para a cultura, para a linguagem e para a conjuntura artística actual».
Ricardo Barbeito disse que «o público está convocado a participar no debate», podendo fazê-lo quer usando os referidos postos, quer através de opiniões expressas no site www.ricardobarbeito.com.


Conferências no Teatro

Quanto ao ciclo de conferências, a primeira foi realizada ontem e teve como convidada a artista plástica Luísa Cunha.
A artista confessou não ser muito dada a aceitar convites oficiais, mas garantiu não ter hesitado um momento quando recebeu o convite de Ricardo Barbeito, a quem nem conhecia. «Este convite foi a coisa mais divertida e absolutamente inédita que me aconteceu na vida», disse Luísa Cunha, que já viveu alguns anos na Madeira e conhece o tema da bilhardice. Aliás, conforne disse, a sua obra está muito associada a este tema.
Refira-se que no dia 7 de Maio, pelas 18 horas, Carlos Valente, Diana Pimentel e Helena Rebelo darão a sua visão sobre esta temática.
O ciclo termina a 9 de Maio com uma conferência dada por Alexandre Melo e Isabel Santa Clara.

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